segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O chacal e o pavão



Um dia, um chacal caiu dentro de um pote de tinta, quando se viu com a pelagem coberta de tintas de todas as cores, disse para consigo mesmo:
- Sou um pavão real, um eleito entre os animais!

E, adotando uns ares muito pretensiosos, foi juntar-se aos restantes chacais. Estes disseram-lhe:
- Oh, pobre chacal! Donde te vêm essas pretensões e essas maneiras? Enlouqueceste ou estás a fazer de palhaço?


"Os que mentem e sobem ao poleiro para serem admirados pelo povo, um dia veem que o seu orgulho é motivo de vergonha. Tudo o que pretendem é ser lisonjeados pelo povo, mas o seu interior é tão falso como a sua aparência."
*Rumi


sábado, 28 de setembro de 2013

"Cada palavra de bondade é como uma gota de água atravessada por um raio de sol."
 (Sabedoria Ameríndia)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Simples assim...

Tenham todos um lindo fim de semana.

O rei e o falcão















Conta a lenda que certa manhã, o guerreiro mongol Gengis Khan e sua tropa saíram para caçar. Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava apenas seu falcão favorito no braço. O animal era melhor e mais preciso que qualquer flecha, porque podia subir ao céu e ver tudo o que o ser humano não conseguia ver.
Entretanto, apesar de todo o entusiasmo, o grupo não conseguiu encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan voltou para o acampamento. Mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.
Gengis Khan permanecera na floresta mais tempo que o esperado e estava extremamente cansado e com muita sede. Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos. Ele não conseguia encontrar água para beber, até que avistou um fio de água descendo por um rochedo bem à sua frente. Na mesma hora, retirou o falcão do braço e pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo. Era apenas um fio de água que corria pelo rochedo, por isso ele demorou um longo tempo para ele conseguir encher o cálice. Mas quando estava prestes a levá-lo à boca, o falcão levantou voo e arrancou o copo de sua mãos, atirando-o longe.
Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez também estivesse com sede. Apanhou o copo, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Após outro tanto de tempo, com a sede apertando cada vez mais e com o cálice já pela metade, o falcão o atacou novamente, derramando o líquido.
Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave.
Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro no falcão assim que viu ter água suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo e veio em sua direção Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou a espada no peito do falcão, matando-o.
Ele retomou o trabalho de encher o cálice. Mas o fio de água havia secado. Decidido a beber aquela água de qualquer maneira, Gengis Khan escalou o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da região. Se tivesse bebido a água, teria morrido imediatamente.
Gengis Khan voltou ao acampamento trazendo o falcão morto nos braços e dizendo para si mesmo:
- Hoje aprendi uma triste lição! Muitas vezes nos precipitamos em jugar e agir, ferindo assim a quem mais nos ama e chega a dar a sua vida por nós...
Ele mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas:
"Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo."
E na outra:
"Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso, pois nem sempre o que parece ser, realmente é.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A quem pertence



Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen (meditação) aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: "Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?"

"Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?" - perguntou o Samurai. "A quem tentou entregá-lo" - respondeu um dos discípulos. "O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos" - disse o mestre. "Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir..."


Queridos amigos!! Muitas pessoas tem o dom de falar de outras sem ao menos conhecê-las, fazem pelo simples fato de querer irritá-las ou fazer fofoca ou pelo simples fator de querer aparecer. Pois bem amigos, muitas vezes todas essas ofensas condizem a rancores, mágoas, recalques, que a própria pessoa tem consigo mesma. Lembre-se como diz na mensagem só nos irritamos se nos deixamos irritar. Esse tipo de situação não leva a nada , use o seu lado Zen, só aceite o presente se ele for para você mesmo, caso o contrário mantenha sua paz interior.

Este texto foi retirado do site www.velhosabio.com.br